Dicas para League of Legends - Runas
Jogador profissional de League of Legends fala sobre fama mundialO TechTudo conversou com Felipe Gonçalves, mais conhecido como brTT, jogador profissional de League of Legends e membro da paiN.Razer.
League of Legends é o game online mais jogado do mundo atualmente, com times e jogadores consagrados como estrelas internacionais entre seus milhões de fãs. E um brasileiro ganhou destaque ao apresentar o melhor desempenho do mundo com um dos personagens do jogo.
O TechTudo conversou com Felipe Gonçalves, mais conhecido como brTT. Jogador profissional de League of Legends e membro da paiN.Razer - um dos mais importantes e vitoriosos times brasileiros -, brTT joga na função de AD Carry e é famoso por ser considerado o melhor jogador do mundo com o personagem "Draven".
Confira a entrevista completa:
TechTudo: Como você vê o cenário nacional para jogadores profissionais de jogos eletrônicos?
Felipe "brTT": Atualmente o cenário vem em uma crescente, países Asiáticos e Europeus já estão investindo pesado, com a profissionalização de cyber atletas, contratos de longa duração e suporte para exercício da atividade. A tendência é que estes países, atraindo investidores e marcas, consigam influenciar outros mercados, como o brasileiro. Diversos eventos tem como sede estes países e o Brasil está começando a aderir estes eventos - como a IEM-São Paulo.
TT: Como é sua rotina? Quantas horas você dedica diariamente ao jogo e com que frequência o time da paiN.Razer se reúne para treinar?
brTT: Me dedico cerca de 8 horas individualmente todos os dias, me reunindo pontualmente às 20 horas para sessões de treino em time que podem durar de 2 a 4 horas.
TT: Como é conciliar os estudos com as atividades no League of Legends?
brTT: Hoje em dia não estudo e dedico todo meu tempo ao League of Legends. Pretendo começar minha faculdade esse ano.
TT: Qual foi a reação de seus pais quando você decidiu se dedicar profissionalmente ao League of Legends?
brTT: No começo foi aquela coisa: "Meu filho você tem que estudar. Sai desse computador.". Mas depois começaram os campeonatos fora do pais, as viagens de graça, e a envolver dinheiro. Aí o pensamento mudou, graças a deus. Viram que a coisa era séria e me aliviaram.
TT: Como se dá a relação entre os jogadores e os patrocinadores, e que obrigações vocês assumem ao fechar um contrato de patrocínio?
brTT: Nossa relação é além de profissional, é uma relação de amizade. Tenho muito respeito pelos meus companheiros de equipe, o que facilita a interação com os mesmos. Com relação a patrocinadores, somos pessoas de interesses iguais que respeitam e seguem os combinados afim de evoluir nossos interesses conjuntos. Dedicação e respeito é a chave fundamental.
TT: A carreira de jogador profissional de LoL é financeiramente atrativa para os padrões nacionais?
brTT: Por enquanto não. Eu estou conseguindo me sustentar sim, mas ainda não está do jeito que eu quero. Falta as empresas do brasil abrirem os olhos e verem que tem mercado pra investir.
TT: Até quando você pretende jogar profissionalmente? Você planejou uma idade para se aposentar?
brTT: Eu não sei até quando jogarei profissionalmente, prevejo jogar mais esse ano e ver como vão ficar as coisas se tratando de financeiro. Creio que vai crescer muito ainda e não planejei idade para me aposentar, depende de muitas coisas.
TT: Como você avalia o nível dos times nacionais em relação aos grandes times internacionais como Gambit Gaming (ex-Moskow 5), Team Solomid e Taipei Assassins, por exemplo?
brTT: Não posso nos avaliar em relação a eles, até porque nunca jogamos de igual pra igual com eles. A resposta dessa pergunta estará na IEM-São Paulo, que acontecerá no final desse mês onde poderemos jogar contra os times grandes lá de fora.
TT: Alguns times costumam jogar contra as grandes equipes internacionais como forma de treino, recebendo dicas dos jogadores mais experientes. A paiN.Razer adota essa prática? Se sim, como é a relação com esses times?
brTT: Atualmente estamos com uma agenda a ser montada para isso, mas já jogamos contra grandes equipes do cenário competitivo estrangeiro e tivemos alguns bons resultados. Um dos maiores agravantes é o chamado "ping"(conexão), pois quando jogamos contra times estrangeiros temos tendências a problemas de conexão.
TT: Como tem sido o apoio da Riot nos campeonatos nacionais e no crescimento do LoL no Brasil?
brTT: Excelente. O primeiro torneio presencial que tivemos no brasil rendeu uma premiação total de 80 mil doláres, um valor recorde no cenário nacional de esportes eletrônicos. Esperamos que torneios como este ocorram a cada três meses, afim de proporcionar uma maior dedicação e interesse dos jogadores.
TT: Como está o calendário dos times brasileiros para torneios internacionais em 2013?
brTT: Posso dizer que, por parte do time paiN.Razer, está agitado. Jogaremos a Intel Extreme Masters no final de janeiro, torneio que contará com oito das maiores equipes do mundo e estaremos representando o Brasil nesse embate!
TT: Como foi ser reconhecido como o melhor jogador de Draven do mundo? E como esta fama afetou sua relação com os fãs?
brTT: É um sentimento muito bom. É um reconhecimento que te anima bastante depois de você tanto se dedicar. E a fama foi muito legal, não posso negar. Ganhei muitos fãs por isso e até hoje sou bastante conhecido por causa dele (Draven).
TT: Qual seria seu conselho para quem quer se tornar um jogador profissional de LoL?
brTT: Bom, primeiro de tudo é ter dedicação. Se você quer uma coisa você tem que correr atrás dela, não adianta ficar de braços cruzados que nada cai do céu. Treine bastante, faça amigos no jogo e, o mais importante, se divirta. A partir do momento em que você não está se divertindo tem alguma coisa errada.
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